a capacidade de gerar inovação - incremental ou disruptiva - através do design é
uma vantagem competitiva que tem sido prescrita por diversos autores e
utilizada por um bom número de países para promover o crescimento econômico
nacional e regional.
pode-se afirmar que essa vantagem competitiva é reconhecida e explorada pelo menos desde o século 19. a realização das grandes feiras universais tinha o objetivo de não apenas apregoar a capacidade científica e tecnológica dos países promotores e expositores, mas principalmente de exibir sua capacidade industrial e a qualidade dos seus produtos, aprofundar relações comerciais e gerar divisas.
rui barbosa já apontava esse caminho para o brasil no início da penúltima década do século xix, ao mencionar a crescente necessidade da sociedade por produtos industrializados de melhor desenho e qualidade, enfatizando o potencial do brasil por suas imensas riquezas naturais e capacidade inventiva.
desde a metade do século xix, já se podia identificar o que viria a ser conhecido, atualmente, como uma empresa orientada pelo design. a indústria de mobiliário thonet, através de um processo tecnológico que gerou um design disruptivo e de alto valor agregado, tornou-se - e se mantém até hoje - uma empresa altamente competitiva, crescendo continuamente através de um design que passou a evoluir de forma incremental. a partir do modelo disruptivo inicial, é ainda hoje uma referência de gestão estratégica de design comparável à apple, ibm e outras.
nos anos setenta a organização das nações unidas para o desenvolvimento industrial (unido), junto com o conselho internacional de sociedades de design industrial (icsid - atualmente o wdo world design organization), editou um documento onde o design é apontado como ferramenta de desenvolvimento e competitividade econômica. dirigido especialmente a países periféricos, o documento propõe um modelo de gestão de políticas públicas de design para promoção do desenvolvimento que serve de referência ainda hoje, passados mais de 40 anos.
organismos internacionais como a oecd, a comissão europeia e o fórum econômico mundial, economistas como michael porter, o estrategista de gestão philip kotler ou ainda o presidente do wef klaus schwab identificam o design como poderosa ferramenta de competitividade - e não apenas no nível dos produtos, serviços e empresas, mas como alavanca de desenvolvimento econômico de países ou regiões. pesquisas que acompanharam o desempenho de empresas orientadas pelo design ao longo de dez anos apontam um crescimento no valor dessas empresas que supera em mais de 200% o crescimento médio do índice s&p.
não há dúvida portanto que o design é hoje ferramenta indispensável que deve constar, de forma eficientemente estruturada, do repertório das políticas de desenvolvimento econômico e industrial do governo em todas as suas instâncias, a exemplo dos países de mais elevado índice de competitividade.
[ esse texto foi produzido em abril de 2018 a pedido da secretaria de desenvolvimento e competitividade industrial do ministério da indústria, comércio exterior e serviços ]
pode-se afirmar que essa vantagem competitiva é reconhecida e explorada pelo menos desde o século 19. a realização das grandes feiras universais tinha o objetivo de não apenas apregoar a capacidade científica e tecnológica dos países promotores e expositores, mas principalmente de exibir sua capacidade industrial e a qualidade dos seus produtos, aprofundar relações comerciais e gerar divisas.
rui barbosa já apontava esse caminho para o brasil no início da penúltima década do século xix, ao mencionar a crescente necessidade da sociedade por produtos industrializados de melhor desenho e qualidade, enfatizando o potencial do brasil por suas imensas riquezas naturais e capacidade inventiva.
desde a metade do século xix, já se podia identificar o que viria a ser conhecido, atualmente, como uma empresa orientada pelo design. a indústria de mobiliário thonet, através de um processo tecnológico que gerou um design disruptivo e de alto valor agregado, tornou-se - e se mantém até hoje - uma empresa altamente competitiva, crescendo continuamente através de um design que passou a evoluir de forma incremental. a partir do modelo disruptivo inicial, é ainda hoje uma referência de gestão estratégica de design comparável à apple, ibm e outras.
nos anos setenta a organização das nações unidas para o desenvolvimento industrial (unido), junto com o conselho internacional de sociedades de design industrial (icsid - atualmente o wdo world design organization), editou um documento onde o design é apontado como ferramenta de desenvolvimento e competitividade econômica. dirigido especialmente a países periféricos, o documento propõe um modelo de gestão de políticas públicas de design para promoção do desenvolvimento que serve de referência ainda hoje, passados mais de 40 anos.
organismos internacionais como a oecd, a comissão europeia e o fórum econômico mundial, economistas como michael porter, o estrategista de gestão philip kotler ou ainda o presidente do wef klaus schwab identificam o design como poderosa ferramenta de competitividade - e não apenas no nível dos produtos, serviços e empresas, mas como alavanca de desenvolvimento econômico de países ou regiões. pesquisas que acompanharam o desempenho de empresas orientadas pelo design ao longo de dez anos apontam um crescimento no valor dessas empresas que supera em mais de 200% o crescimento médio do índice s&p.
não há dúvida portanto que o design é hoje ferramenta indispensável que deve constar, de forma eficientemente estruturada, do repertório das políticas de desenvolvimento econômico e industrial do governo em todas as suas instâncias, a exemplo dos países de mais elevado índice de competitividade.
[ esse texto foi produzido em abril de 2018 a pedido da secretaria de desenvolvimento e competitividade industrial do ministério da indústria, comércio exterior e serviços ]
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